A FTX, que já chegou a ser a segunda maior exchange de criptomoedas do mundo, entrou em decadência e anunciou, nesta sexta-feira (11), ter entrado com um pedido de falência em um tribunal americano, sob a proteção do Capítulo 11, que permite que empresas com dificuldades financeiras continuem funcionando normalmente até chegar a um acordo com seus credores.

De acordo com um comunicado de imprensa divulgado pela empresa, o CEO e fundador, Sam Bankman-Fried, renunciou ao seu cargo e “permanecerá para ajudar em uma transição ordeira para o novo diretor-executivo já nomeado, o advogado John J. Ray III.

De acordo com o release, o processo de recuperação judicial foi iniciado por cerca de 130 empresas afiliadas adicionais, incluindo naturalmente a FTX US e a Alameda Research. No entanto, a subsidiária da corretora de criptomoedas nas Bahamas – FTX Digital Markets – e sua plataforma de opções norte-americana LedgerX, além da FTX Australia e FTX Express Pay, não estão incluídas no processo.

Uma semana “passando o chapéu”

O CEO Sam Bankman-Fried, o SBF, pediu demissão. (Fonte: FTX/Reprodução.)Fonte:  FTX 

A notícia chega após uma semana angustiante, na qual o CEO Bankman-Fried “passou o chapéu” a vários players, tentando levantar dinheiro para honrar os negócios internacionais da FTX. Depois de tuitar que as discussões estavam em vários estágios, de cartas de estágios a deliberação determos o conhecido SBF reconheceu na rede social: “Eu f*di tudo”.

A gota d’água veio na terça-feira (8), quando a maior exchange de criptomoedas do mundo, a Binance, assinou uma carta de intenções para adquirir a FTX. Porém, após a realização de uma diligência prévia para avaliar os riscos da operação, a poderosa bolsa de valores de criptoativos voltou atrás, dizendo que “os problemas estão além de nosso controle ou da nossa capacidade de ajudar”.

O novo CEO Ray disse à CNBC que a falência permitirá ao Grup FTX “avaliar sua situação e desenvolver um processo para maximizar as recuperações para as partes interessadas”.