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pesquisadores brasileiros criam material para ajudar pacientes

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Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), o tumor ósseo representa 2% das patologias oncológicas no Brasil, com uma incidência de aproximadamente 2,7 mil casos novos por ano. Os principais tipos de câncer ósseo são: Osteossarcoma – que é o mais comum-, o Condrossarcoma e por fim Sarcomas de Ewing.

O tratamento geralmente é baseado na remoção cirúrgica do tumor e logo após, seguida ou em combinação com terapias como quimioterapia e radioterapia, entretanto elas acabam não sendo boas para o paciente, pois não só destroem o tumor maligno como também destrói células saudáveis, sendo assim um desafio para os cientistas, que buscam desenvolver terapias mais efetivas e menos agressivas. 

Uma delas é a Hipertermia térmica, um tipo de terapia que consiste em aquecer as células cancerígenas há uma temperatura aproximada de 43°C, fazendo com que as proteínas delas sejam destruídas – já que são menos resistentes ao calor que a saudável-. Com isso os pesquisadores brasileiros, criaram um material compósito multifuncional formado por uma matriz de vidro bioativo com partículas magnéticas, na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).

A matriz vítrea, quando entra em contato com fluidos biológicos, tem a capacidade de regenerar o tecido ósseo, formando uma camada de hidroxicarbonato apatita – um mineral presente naturalmente no osso humano – e que é cristalizado entre o vidro e o tecido ósseo, permitindo a fixação do compósito ao osso.  

A primeira autora do artigo, Geovana Santana, em entrevista para a “Veja”, explicou que as partículas ao serem submetidas a um campo magnético externo são responsáveis pela produção de calor e viabilizam o controle da temperatura máxima alcançada.

“Nesse caso, o controle de temperatura é extremamente importante, uma vez que impede o superaquecimento local e, consequentemente, a destruição dos tecidos saudáveis adjacentes à área de tratamento”. Ela ainda explica que no geral o oxido de ferro é o material mais utilizados nos estudos, entretanto a alta liberação do calor produzido é dificilmente controlada no interior do corpo “Torna -se uma desvantagem em relação as partículas magnéticas” finalizou Santana.  

Na próxima etapa, os pesquisadores pretendem avaliar a toxidade do material, em culturas celulares e também otimizar o processo de geração de calor dos compósitos e assim estabilizar a temperatura. 

O trabalho envolveu, as equipes do CDMF – Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais -, do CeRTEV -Centro de Pesquisa, Educação e Inovação em Vidros-. O vidro (matéria prima utilizada) foi cedido pela empresa VETRA–HighTech Biocerâmica, localizada em Ribeirão Preto. O trabalho com a descrição completa está no artigo publicado na revista cientifica “Materials”. 


Médico examinando raio x.(Foto: Reprodução/Freepik)


Doença silenciosa 

O câncer ósseo é uma doença silenciosa e muitas vezes é diagnosticado em estágio avançado, o que dificulta os tratamentos. “O tumor inicia no próprio osso, músculo e articulação”. Disse o médico ortopedista oncológico, Valter Penna em entrevista ao site do Hospital do Câncer UOPECCAN.

Ele ainda conta que o tumor pode ser resultado de metástase – que são tumores ósseos mais comuns – e que são provenientes de um câncer de outro órgão como mama, próstata e pulmão. De acordo com Valter, trata-se de uma doença genética e, por não possuir prevenção, seu diagnóstico precoce e correto se torna de extrema importância. 

 

Foto destaque: Raio – X. Reprodução/Abificc


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Fonte: G1


08/10/2022 – Web Rádio TOP

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